Sunday, September 7, 2014

Amigos

   Sem dúvida alguma, este foi um mês cheio de alegrias, tristezas, saudade, reflexões e diversas outras sensações e emoções. Quando vim para os Estados Unidos,  pensei que essa seria uma boa oportunidade para conhecer novas culturas, explorar novos lugares e fazer novas amizades; mas nem de perto imaginei o quanto isso iria me fazer pensar tanto sobre princípios, crenças, e o principal, sobre o significado que as pessoas tem em nossas vidas. De longe esse mês foi o mais importante até agora, pois pude realizar sonhos que me pareciam distantes, revi amigos, e me despedir de pessoas que fizeram parte de uma grande parcela do que vivi aqui nos EUA.
   Tudo começou com o show de Linkin Park, cujo significado vai bem além da música, e reflete muito mais na minha vida pessoal. Depois, tive o prazer de conhecer Washington, uma cidade linda e com museus fantásticos (GRATUITOS), mas que me incomodou um pouco (ou muito) em seus memoriais que mostram uma "América" que não me agrada nem um pouco. Ainda voltei a NY para comer no Cake Boss (So exciting), comprar meu sabre de luz (que a força esteja ao nosso lado) e assistir, até então, ao melhor espetáculo ever: O Fantásma da Ópera. Contudo, ao longo de tantos bons momentos, também tive que me despedir de várias pessoas que fizeram os meus dias serem muito mais interessantes e memoráveis, e por que não dizer, que tive que me despedir de bons amigos.
   Amigos, essa foi a palavra chave do mês. Em todos os momentos que listei, assim como outros que foram importantes,eu estive ao menos com um dos meus amigos, seja aqueles de uma década, seja aqueles que me fizeram perceber que passei tempo suficiente nesse país a ponto de criar afeição por alguns. A cada nova música, experiência, ou despedida eu pensei "O mundo é grande o suficiente para eu me surpreender e o tempo é curto demais para eu desperdiçar". E de fato me surpreendi, porque os sorrisos e momentos de alegria foram ainda mais intensos quando perto daqueles que vivenciaram isso comigo; e a tristeza e saudade foram substituidas pela confirmação de que vivi momentos maravilhosos ao lado de pessoas pelas quais aprendi admirar, não importando se são brasileiros, líbios, japoneses ou de qualquer outra nacionalidade.



   Por último, pude ir novamente ao Top of the Rock para uma última despedida (see ya in Japan Toto), e foi olhando para o horizonte da cidade que não dorme, que voltei a me perguntar: onde estão seus sonhos? para onde você quer que eles te levem? quem você quer ao seu lado para viver e recordar esses momentos? Foi então que vi que, o que nos dá razão para viver são as lembranças e aprendizados que temos com as pessoas, nossos sonhos, e todos os momentos inesquecíveis  que nos mostram que o ser humano ainda é algo em que vale a pena acreditar. O que vem pela frente eu não tenho como saber, mas espero contruir novos sonhos e recordações ao lado daqueles que chamo de amigo.

Saturday, May 24, 2014

New York, New York

New York, New York... uma boa surpresa, poderia me limitar a dizer isso, contudo tem tanto o que se dizer dessa viagem que seria injusto parar por aqui. Quem me conhece sabe que nunca sonhei realmente em vir pros EUA, não é algo que cresci querendo, e NY não seria lá o primeiro lugar do mundo que gostaria de conhecer. Prédios, e mais prédios, tudo reto demais e grande demais, coisas que nunca me seduziram até... conhecer NY. A cidade que não dorme me seduziu, encantou, inspirou e surpreendeu; o lugar dos arranha-céus passou a significar um lugar para abrirmos os olhos para o mundo.


Quem já teve a oportunidade de visitar NY deve ter tido a oportunidade de ir ao famoso Central Park, a Times Square ou à Estátua da Liberdade; e não, não é como eu pensava, é muito melhor, muito mais intenso, mágico, impressionante e incrível. A Times é um ponto que mostra bem o que É NY, luzes e mais luzes, é um espetáculo em que você assiste se perdendo em tamanha imensidão. A Estátua da Liberdade, apesar de ser menor que eu pensava, é um lugar incrível; andar de balsa até a ilha me garantiu uma visão que poucas vezes vi, a cidade vira plano de fundo de algo muito mais incrível. E o central Park, Deus o Central Park... eu não vou mentir, simplesmente não disponho de palavras para descrever a magia do lugar. Lembro que assim que vi o parque eu senti uma tranquilidade e felicidade descomunal, era tanta beleza e delicadeza que fiquei olhando para aquilo por um tempo enorme.



“Ah, ok você está exagerando”, possivelmente se estivesse lendo isso antes de ir até esses lugares eu pensaria isso, mas como disse, a cidade me surpreendeu. Não vou mentir, até essa semana eu não entendia o porquê de tanta gente comprar coisas com os dizeres “I Love NY”, hoje eu entendo e ainda entro na dança. Talvez isso que tenha sido importante, essa viagem não me mostrou apenas lugares bonitos, até por que se eu quiser ver coisa bonita eu olho nas imagens do Google, mas ir para lá me deu “sensações”, despertou sentimentos e pensamentos variados, foi uma experiência bastante pessoal digamos assim. Percebi que o “conhecido” é muito pouco, é quase nada, é monótono; eu quero mais, mais imagens, mais lembranças, mais emoções, quero mais vida. 


Sunday, May 11, 2014

Doumo arigatou gozaimashita

First of all, I'm sorry for my terrible English, I promise try don’t kill the language (what don’t means that I won’t do that). This post is in English for the reason that I decided do white it, that’s a thanks for the Japanese guys that I had the pleasure to meet in USA.

“Ok, what’s the deal?” Well, sometimes you need be thankful for the good things that happens with you, and definitely the people that I met here is one of the best things that I can remember now. Why? Easy, our days are so short and busy; we are always running and running; with all crazy days we forget to say “thanks”, and we don’t see the value of a kindness. In short, we forget the beauty of the simple gestures and we not perceive how awesome and surprising it could be. That is the point, have moments in your life that you see that little things can means a lot; is exactly in this situation that the Japanese show how lovable they are.

Believe, when you see some character of anime being cute and ask for yourself “they are like this?” the answer is a huge YEAHHH! They are cute, smart, friendly, and a little shy; they really look like characters of animes. Always they seems to care of you, they have the ability of smile truly, in all my life I never see people more delicate, and EVERY day they will say thanks for you NO MATTER what you have done (sometimes I think that I really didn’t do anything so important).



Day after day I can see that our attitudes have a different meaning for another person, and note how good and simple actions could influence the day of friends, family, or someone that you actually do not know who is. Therefore, thanks for all smiles, hugs, sweet gifts, and the most important, thanks for teach me how simple is do things for give happiness to someone and feel good with ourselves.


Doumo arigatou gozaimashita *-* 


 Thanks for the gifts Risa and Fumika 

Wednesday, April 2, 2014

  Como prometido estou de volta para falar um pouquinho mais das primeiras impressões e experiências na terra do tio Sam. Esse post vai tratar de um momento que sem dúvida foi o mais interessante e importante até agora, para muitos iria passar despercebido ou apenas gerar um pouco de “affff sério?”, mas para mim teve algo a mais. O que ele teve de tão relevante assim? Ele me deixou inquieta, e acredite, o que te incomoda te faz mudar de alguma forma.

  Logo na primeira semana nós tivemos algumas reuniões e encontros no inglês, e uma das palestras que vimos tratava a respeito de estereótipos “aí americano só come fast-food”, “todo brasileiro sabe sambar”, “foi do oriente médio é terrorista”; enfim, inúmeras coisas que escutamos, pensamos ou falamos de modo a generalizar e taxar (erroneamente) um determinado povo ou cultura. Mas até então tudo bem, afinal, não achava que tudo era assim... até que vem o momento relevante a ser descrito. A situação era a seguinte, primeiro dia de aula, aquela coisa de “vamos conhecer o coleguinha”, e o professor pedindo para fazermos duplas. Em seguida, tínhamos que dizer nome, nacionalidade e duas coisas que tínhamos em comum com a pessoa. Tudo muito legal, não lembro quem fez trabalho comigo (não vou mentir), então não posso falar nada a respeito, até que um garoto mulçumano que fazia trabalho com outra mulçumana (sim, minha sala tem 13 alunos e 11 deles são mulçumanos) disse: professor, não temos nada em comum, afinal ela é mulher e casada; eu sou homem e solteiro, então somos totalmente diferentes.

  Bem, então, a primeira coisa que me veio a cabeça foi “WTF, como assim vocês não podem ter nada em comum? Música, comida, religião, isso não conta não? Em que mundo vocês vivem?”. A segunda coisa que me veio a cabeça foi “machista FDP, diaxo de mentalidade atrasada. Ouvindo isso eu entendo porque tantas vezes temos visto casos absurdos na TV, mas pq? pq? pq nesses lugares as mulheres não tem valor nenhum mesmo”, AHAAAAAAA ai que começou a “descoberta” que precisei de 2 dias de reflexão para ter e entender. Quem me conhece sabe que sou paz e amor, não me importo com sua classe social, raça, credo, opção sexual; o que me importa é quem você é de fato, e não acho que podemos/devemos julgar ninguém por aparência ou muito menos devemos fazer generalizações. Esse foi justamente o problema, para quem se diz “tolerante”, soa bastante controverso generalizar e no primeiro contato ter raiva, sim esse foi o sentimento, de alguém e de sua cultura por conta de uma única opinião, mesmo que tenha sido uma opinião infeliz ao meu ponto de vista. Resultado, 2 dias pensando “porque você está pré-julgando alguém, quem ê você para fazer isso?”

  Em resumo, qual foi o aprendizado, além de ver uma sequela de semi-retardo mental em mim mesma? Vi que não sou tão tolerante quanto pensava, e que essa desagradável surpresa precisava me levar a uma mudança. Me dei conta do quanto é fácil sentirmos aversão a algo e a alguém que pensa ou age diferente de nós; mais fácil ainda pensar, falar, ou agir de modo a feri-lo; e o conjunto dessas coisas só nos leva a brigas, guerras e inúmeros conflitos, os quais já temos de sobra então não preciso citá-los.  Mais que isso tudo, me dei conta que tudo o que não está no nosso dia a dia nos causa estranhamento, por isso não é tão difícil assim entender a razão de termos esses bons e velhos intolerantes, afinal, podemos não ver, mas cada um tem seus preconceitos e suas intolerâncias. Claro, imagine você sendo criado em uma estrutura familiar “X”, com uma cultura “Y”, isso pode não determinar quem você será, mas será significativo na sua vida, em aspectos morais, éticos e ideológicos.  Se você não se expuser ao diferente sempre irá cair no erro do “Pré-julgamento”, ou seja, julgará algo que desconhece, e o problema disso... simples, você VAI errar, mesmo que pouco, mas vai. Por isso a dica que dou é simples, vá para a rua, caia no mundo, conheça pessoas, mas sempre faça isso de mente aberta, pois se não, você irá julgar, julgar, julgar e nunca vai entender o significado das coisas e o valor real das pessoas. 


  Ahhh o que aconteceu depois? Bem, depois de resolver que precisava CONHECER quem estava por trás de cada rosto e atitude, fiquei amiga do cara que falou que “no país dele, homens solteiros e mulheres casadas não tem nada em comum” e percebi que por trás de todo mundo tem uma história, e estou buscando conhecer essa história e essas culturas tão diversas. Nessas semanas pude ver e escutar sobre o que eles pensam sobre seus governos, sua religião, e o mais interessante, escutei o que eles pensam sobre o estereótipo de que “é do oriente médio, é terrorista”. E sem dúvida alguma, essa foi uma conversa interessantíssima, pois vi a posição de vários deles a respeito de seus países e de países vizinhos, e pude escutar um... não diria revoltado, mas talvez preocupado “as pessoas não entendem que eu também quero paz, eu também quero ser feliz, e não machuco ninguém para isso. Por conta de alguns, e principalmente, os vindos de país X, temos que conviver com as pessoas nos taxando de terroristas”. É isso ai, lá fora existirão pensamentos, cultura e ideologias muito diferentes das suas, as vezes elas irão te revoltar, enfurecer, parecer sem cabimento, mas nem por isso devemos nos fechar para a oportunidade de conhece-las e até passar a admirá-las.
                                     
                                       - Tolerancia - by NoctiaVG

Sunday, March 30, 2014

 Aêêêê agora já se passou quase um mês da estadia em solo americano, nada mais justo que tomar vergonha na cara e voltar a escrever um pouquinho para tentar descrever a experiência. Vou tentar falar de tudo um pouco, desde quando saí de Natal, até agora, nesse domingo chuvoso que não quer deixar ninguém sair da cama.
 Logo quando entrei na sala de embarque eu pensei – e agora José? Não falo fluente; ia pegar meu canudinho lindo ainda esse ano; TCC coitado, lascou-se; nova terra, nova vida – de primeira me bateu uma carinha preocupada, meio sem saber o que tinha pela frente, mas em Guarulhos tudo mudou. Chegando em Sampa eu me dei conta da aventura que teria pela frente, “corre se não a gente perde o voo” dizia Ricardo (o outro potiguar que veio para a Penn), e a partir daí foi só diversão, corre pra lá; engole o sanduíche; se encontra com sua nova família, vulgo “outros CsFers”; e lóóógico pega o beco pra a outra América.

 Se sentindoooo em voo internacional, aquela coisa chique com tv, comida que preste, a perna formigando... essas coisas, aí vem a parte divertida, saindo do avião senti o frio dando um “Oi gata” e comecei a brincar com o arzinho que saía da minha boca enquanto falava. Depois fomos para a imigração, primeiro vi aquela ruma de gente fardada, uma criatura de 2 metros olhando “cara-crachá, cara-crachá” com o passaporte, e pensei “e se o cara me pergunta um negócio e eu não entender?”. O fato é que fizeram um bicho de sete cabeças para algo simples e rápido, saí de lá de boa na lagoa, até pegar a minha mala. Quando fui pegar a mala para despachar, “ah le-leke-leke-leke” a mala tava aberta, e mais, rasgada... ah claro, ainda levaram o meu cadeado TSA bunitinho (passei o resto da viagem com um cadeadinho fofo do Mickey) e não deixaram nem bilhetinho (deixaram bilhete na mala da Regina, fiquei com inveja). Mas tudo bem, é isso aí, a vida e seus imprevistos, e lá fomos nós pegar o último voo, aquele que nos trouxe para a Filadélfia. Chegando a Pensilvânia uma coisa já me encheu os olhos ainda no avião, estava nevando ou ao menos tinha nevado, e aquela paisagem branca me encantou, quando saí do aeroporto e cheguei em minha nova moradia, lógico que não podia deixar de pegar na branquinha e ficar brincando de perder a mão por hipotermia.


 Bom, se eu for contar o dia a dia completo o negócio não termina então vamos ao ponto que interessa, o tal do Choque Cultural. Você viaja e pensa que tudo vai te surpreender, vai ser difícil se adaptar a temperatura, comida, língua... então, o ser humano adora sofrer antes da hora, mas aqui vão as minhas impressões. Deixando claro que isso é altamente variável, talvez minhas reações se deem em grande parte a minha entrada de cabeça a experiência, e o resto, bom, o resto que exploda.

 Comida: americano não tem essa culinária toda, a comida nunca tem o gosto da comida caseira, coisinha da vovó. Mas nem por isso aquela ideia de que nos EUA só se come fast-food é verdade. Nos restaurantes da universidade tem de tudo, até comida vegana, por sinal como mais salada aqui do que no Brasil. E na rua tem de tudo e mais um pouco, trailer é o que não falta, tem de comida chinesa, árabe, grega, diversidade e mas diversidade, e é isso que faz com que eu não deteste a comida daqui, até por que eu provo o que tiver pela frente (mas o sabor da comida brasileira é melhor de fato).
 Língua: não tive choque nenhum com isso, e olha que converso com árabes (pronuncia ruim da mulesta), japoneses, espanhóis, americanos óbvio, e mais um monte de gente. Maaaas, nem tudo são flores, acredite, os negros falam um dialeto que meu filho, meu filhinhoooo, que é que é aquilo senhor... é, aí já é um nível hard demais para mim.
 Cultura: não teve nada até o momento que eu tenha me assustado e dito UAU que diferente, ao menos não com relação a cultura americana, não tem nada tãããão diferente assim nos hábitos e costumes, existem diferenças, mas nada que tenha me feito pensar muito a respeito. Deixando claro uma coisa, o mesmo não vale para o pessoal de outros países e que estão aqui, principalmente os de origem oriental. todo dia aprendo algo novo sobre a cultura deles, mas isso é assunto de outro post.
 Frio e a neve FOFALINDA: só amores, só digo isso. Brincando gente, não vou mentir, aqui em Philly venta muito, e muito é tipo, muito mesmo, do tipo que você está andando na rua e o vento começa a misteriosamente fazer com que você não consiga mais andar pra frente e tenha que se
segurar para não cair. E não ache que isso é só as vezes, aqui é sempre, os nativos sempre falam que o problema de Philly é o vento e não o frio, e eu concordo, o frio não me incomoda, mas o vento corta, doí e não adianta com que roupa você saia, ele sempre vai atravessar todas as barreiras até te causar um sentimento estilo “agora eu sei o que o Jack sofreu no Titanic”. Apesar disso, eu tenho que dizer que é melhor isso que a sensação “leitão à pururuca” que sinto ao andar no sol de Natal.





 Bom, moral da história, não foi tão assustadora ou estranha, não foi tão difícil ou desafiadora essa nova jornada que se iniciou em minha vida. Saudades, isso vem as vezes para dizer que seus amigos e familiares são incríveis e que você os ama. Contudo, você pode descobrir novos amores aonde você estiver; você pode ser feliz em outros lugares; você pode aprender dia após dia, independente de quem esteja ou não ao seu lado; você pode sorrir que nem criança, não importa se está no Skype falando por 3h com os amigos fofos (saudade DaniDani) ou se está vendo peixinhos coloridos em um aquário. O que importa é como você se comporta e se entrega, o quanto você está disposto a arriscar e se aventurar, o quanto você está com fome de cultura, amigos, experiências e emoções. Uma coisa que aprendi, e que dia após dia tenho exercitado, é que para você começar algo novo você não pode esquecer o antigo, mas também não pode deixar de cortar algumas amarras, temos que entrar de cabeça e experimentar tudo, por que o mundo tem muito mais a nos oferecer do que pode parecer. Por trás de seus colegas de sala existem pessoas com histórias e tradições incríveis, por trás da rotina existe uma vida cheia de cores, sons e emoções, nem sempre boas, mas sempre diferentes. Por isso, não ache que a felicidade é exclusiva de um lugar, porque o mundo pode sempre te surpreender e encantar.

                                   

Sunday, January 12, 2014

Deita e rola na mentira... dos filmes.

Vamos ao meu top 10 das mentiras cinematográficas, os filmes com coisas mais estranhas, mal feitas e "Hã?", "Sério?", "Mentira da muleeeesta", de todos os tempos. Vamos iniciar com minhas repulsas e passar para minhas paixões, porque por trás das câmeras e de uma boa história pode ter mentiras e mais mentiras, o importante é embarcar nesse outro mundo.

1- Dragonball Evolution
Sabe o que não fazer em um filme? Então, é justamente tudo que fizeram em Dragon Ball (O Filme). Ele é a representação de que mentira demais, roteiro e atores de menos, podem abalar a fé de muitos dos mais fieis fãs deste que é um dos desenhos mais épicos de minha infância. Mas não bastou ter absurdos cinematográficos, tinha que ser mal feito, só pra fazer com que você sentisse mal estar e quisesse sair do cinema no meio do filme. Por isso, não, vocês não fizeram isso direito, sinto Akira Toriyama soltando Kame Rame Ra no seu túmulo.


2-Crepúsculo

Pobre Stephanie Meyer, nem em seus piores sonhos que ela veria sua história de lobos e vampiros, sendo transformada em... sei lá o que é aquilo. Ok, tudo bem que ninguém pode esperar cenas muito realistas de um filme com vampiros e lobisomens, mas PFV não precisava fazer isso de forma tão pouco convincente. O filme ficou ruim, mal feito de chorar, é trágico, se não fosse a doçura da adolescência e o fervor após ler toda a saga (eu li ok, e gosto). Devo dizer que Crepúsculo estaria entre os filmes que mereceriam ter DVD’s queimados, para que nossos descendentes não tivessem que ver aqueles rodopios terrivelmente mal feitos; o cara pálida subindo pelos troncos das árvores que nem um macaco arranha, detalhe, sem que nem as mãos tocassem a árvore; e claro, o sofrimento de ver a péssima interpretação de Kristen Stewart não é algo que desejo a muitos.

3- Van Helsing
Se você é fã de Van Helsing, peço que não leia esta parte. Esse, depois que Se Beber Não Case, é o pior filme que me recordo ter visto, o por que é simples, é mal feito demais, não é que se tenha o intuito de mentir na descarada, ou tem uma partezinha que ficou ruim, o negócio é um desastre da 7ª arte. Aqueles monstros, bichos, troços, sei lá o que é aquilo, voando é algo que entrou na minha mente de uma forma repulsiva. Filmes do gênero podem se apropriar de várias mentiras e cenas típicas de outro mundo, mas não precisam ser tão mal feitas. O filme tinha tudo para ser um sucesso, tem referências de Drácula de Bran Stoker e o Médico e o Monstro, mas é uma lástima do início ao fim, a cada cena você sente uma dorzinha porque ele é o exemplo de algo tão ruim que não merecia ser colocado no mercado até poderem melhorar... tudo.

4- Superman – O Retorno
Quem me conhece sabe que não simpatizo com o homem de cueca e capa vermelha, mas vamos convir que gostar dele depois desse filme também é meio difícil. O filme junta-se a Van Helsing e Crepúsculo, por possuir um potencial grande, mas a falta de capacidade de atores (o cara é lindo, mas caramba, atua muito mal), direção e falta de um vilão (se tivesse o coringa aí sim o negócio ficava legal), leva o Superman ao erro clássico que se comete em Hollywood – extrapola na mentira que a galera consegue assistir até o fim. As firulas do filme incomodam, doem e não levam a lugar algum, é triste, mas o filme não faz jus aos fãs do “capa vermelha”.


5- Duro de matar
O filme tem Jason Stathan de terno, quem se importa com as mentiras? Mas ok, ninguém precisa ser gênio para ter em mente que um filme com armas, carros velozes e esse título, só poderia seguir o manual das mentiras dos filmes de ação. O fato é que o filme é bom, não absurdamente exagerado, mas a cada cena maluca você pensa “WTF”, e ao mesmo tempo começa a rir e volta a assistir o filme achando super belezinha. 

6- O Clã das Adagas Voadoras
Então... fico sem palavras para falar desse filme, é, é... Próximo, por favor!!!

7- Matrix
Matrix é um representante único para esse top 10, por que vamos combinar, mente muuuuito. Mas, porém, contudo, todavia, que fique claro que os filmes são fodas. A mentira que se tem em Matrix é aquela coisa que não é apenas aceitável, ela é requerida, é justamente ela que aliada a história faz com que o público consiga assistir um filme cabeça sem achar “é coisa de nerd”, “não entendi nada, vou assistir Se Beber Não Case”. A trilogia dos irmãos Wachowski se tornou uma obra prima do cinema internacional, e sem dúvida merece aplausos por ter consigo as mentiras mais memoráveis existentes até a atualidade, afinal de contas, quem nunca fingiu estar imitando Nil dando aquela abaixadinha estilo “passando por de baixo da cordinha” e achando que as balas estão passando por cima de vc?


8- O Procurado
HAHAHAHA senta, ri e se diverte com os absurdos. Adoro esse filme, porque ele se utiliza da mentira para poder contar a história e para “Mitar” fazendo balas darem curvas e seguirem direções tão mentirosas que no final você até se pergunta, “será que é possível?”. Mas a cena mais clássica não está nas curvas dos tiros, mas a cena que Jolie está dirigindo o carro vermelho, dá uma girada e magicamente o cara entra no carro... ahhh essa cena é dos deuses, é lindemais.




9- Kill Bill
Beijos a Tarantino, poderia me resumir a isso, por que ele revolucionou o modo de se fazer filme. Kill Bill (assim como outros do Tarantino) foge as regras do certo ou normal, não importa se a adaga perfurou um pequeno ou grande vaso sanguíneo, o importante é a visualização de jatos e jatos de sangue espirando descontroladamente, de um jeito que remete aos incrivelmente mentirosos e cômicos filmes japoneses. É mágico, até quem não gosta de violência descontrolada e avulsa (como eu) se diverte com o jeitão Tarantino de se fazer filme. Por isso, essa posição é um apoio a mentira proposital, divertida e que manda um bom Dane-se para quem quer assistir filmes de ação 100% realistas.

10- O Senhor dos Anéis
Bitch Please, é mais que um filme, é um mundo diferente, então entre de cabeça e curta essa maravilha criada e por Tolkien e que ganhou vida com o olhar único de Peter Jackson. Claro que os 3 tem suas mentirinhas, mas As Duas Torres é memorável. Ver Legolas de costas subindo em um cavalo em movimento, e depois o mesmo descendo em cima de um escudo como se fosse o Bob Burnquist é sensacional meus amigos, é mítico, é... cadê meu arco e flecha, eu quero aventuraaaa. Ok, parei. Mas esse é meu exemplo de “Você venceu”, pra mim não há nada como O Senhor dos Anéis, não importa o quão mentiroso seja, a maestria por trás disso é algo que é um verdadeiro deleite para quem assiste e curte uma história sensacional sendo trabalhada de forma ímpar.

P.S: não mencionei O Exorcista porque é demais para mim.

Wednesday, January 8, 2014

Na estrada

 Oi, oi terráqueos! 

 Pra quem não sabe eu me chamo Amanda, ao menos é o que tem na certidão de nascimento, mas podem me chamar apenas de Chu. Eu criei esse blog depois que alguns amigos me incentivaram (né Rebeca?) e achei que seria interessante começar algo realmente novo em 2014.

 Esse não será um blog de viagens propriamente dito, não vou mostrar lugares por onde passo, nem nada disso. A viagem aqui é em todos os sentidos, é viajar na mente, na música, gastronomia, filmes, falar de lugares legais, viajar na maionese se for preciso.

 Por isso a regra é clara, não importa por onde se ande, o segredo é tirar proveito das experiências do dia-dia e se divertir. Por que o normal, certinho e comum... não, eles não são aceitos por aqui meus caros, posso estar em casa, mas a cabeça sempre estará conhecendo um pedacinho do mundo.

 Vamos ver o que essa estrada irá nos fazer descobrir e redescobrir. Todos com fones e passaportes à mão? Pois então soltem as suas playlists.

http://www.youtube.com/watch?v=6Cp6mKbRTQY

Até...